Se os plásticos são mais leve que a água, como foram parar no fundo dos Oceanos?

    Se os Plásticos são mais leve que a Água, Como Foram Parar no Fundo dos Oceanos?

    O caminho dos plásticos descartados pelos humanos chega aos oceanos, primeiramente descartados nas vias de drenagens (esgotos, lagos e rios) ou pelo vento e chegam na zona costeira, embora passam algum tempo nessa região sofrendo pelas intempéries e finalmente adentram nas correntes marinhas.  Ainda na zona costeira, as areias das praias, as ondas do mar e regiões de manguezais funcionam como um tipo de “rins do planeta” que tentam filtrar a água antes de entrar nos oceanos, mas os plásticos não chega a sofrer desintegração pela rigidez.

    Mas o mais impressionante é saber como os plásticos, com baixa densidade mas alta resistência a degradação e desintegração conseguiu chegar nas profundezas dos oceanos...?

    Os pesquisadores da Universidade de Newcastle e Aberdeen, no Reino Unido, detectaram a poluição nos fundos dos oceanos em altos níveis provocado pela atividade humana, Eles encontraram nos crustáceos com alta carga de contaminação por produtos tóxicos de 50 vezes maior do que nos organismos que vivem rios altamente poluídos.

    Inicialmente, poderíamos dizer que poderia ter entrado nesse ambiente levados ou arrastados pelas correntes oceânicas de subsidências ou até mesmo jogados e descartados por navios, Mas quando os pesquisadores analisaram o tipo de resíduos bioacumulados nos organismos, eles encontraram dois tipos de toxinas bioacumulados que foram os bifenilos policlorados (PCBs) e éteres difenílicos polibromados (PBDEs) descobriram que esses compostos químicos foram usados até na década de 70 e depois foram proibidos por ter altas cargas de toxinas, proibidos a quase 50 anos atrás.

    Com essas descobertas pode-se afirmar que os compostos químicos são altamente persistentes nos ecossistemas marinho, e pode-se também dizer que os plásticos entraram na cadeia alimentar dos organismos marinhos, esses resíduos tóxicos, podem ter chegado acumulados restos de carcaças de animais marinhos mortos.