Conhecido
também como pele-verde ou parede verde, o jardim vertical é um tipo de
engenharia voltado à paisagística em paredes externas e também em paredes
internas de casas e edifícios na qual cobrem as paredes por um tipo de
vegetação usando técnicas especiais. Suas origens são poucas conhecidas, mas
supõem-se que tal solução poderia ser usada nos primeiros assentamentos do
homem. Alguns estudiosos como Köhler afirmavam que havia uma tradição no uso de
plantas ornamentais junto às edificações. Em 1938, Stanley White Hart criou um
moderno jardim vertical, mas foi o seu aprendiz Patrick Blanc, botânico, o responsável
por ter modernizado e popularizado os jardins verticais na França. No século XX,
ganhou força com o movimento Art-Noveau
(que valorizava a integração da natureza com as edificações) e o movimento Cidade-Jardim, mas entrou em decadência
na década de 30 no uso de trepadeira, pois necessidade de poda e cuidados especiais
frequentemente desestimulava seu uso. Esses projetos também conhecidos como edifícios
ecológicos já eram defendidos na Alemanha por Hundertwsser no final dos anos 70.
Na atualidade, os jardins verticais são considerados uma técnica de princípios da sustentabilidade para o meio ambiente urbano. Londres, na Inglaterra, Seattle, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá, implantaram políticas de incentivo ao uso de paredes, telhados e outras formas de estruturas para implante de vegetação em áreas urbanas e, assim, minimizar seus impactos ambientais.
As plantas
para o uso vertical podem ser do tipo auto aderente (uso de trepadeiras que têm
capacidade autônoma de fixação com suas raízes adventícias ou gavinhas
ramificadas) e do tipo que necessite de suporte para sua instalação (uso de
bambu, treliças de madeira e ou metálicas, telas e cabos de aço).
Vantagens do uso dos jardins verticais
- Efeito na temperatura interna das edificações – O uso em fachada age como tipo de isolante térmico, mantendo o ar em temperatura ambiente entre folhagem e a alvenaria, reduz a amplitude térmica dos ambientes internos, a quantidade de folhagem influencia diretamente na temperatura do edifício, pois, o ganho de temperatura por radiação solar, por ondas longas e por convecção também é reduzido;
- Controle da Umidade – A cobertura vegetal transforma numa barreira contra a umidade excessiva de inverno, pois as folhas fazem um tipo de bloqueio para que a água da chuva não entre em contato com a alvenaria.
- Conservação da alvenaria – E alguns casos, a cobertura vegetal serve como proteção, deixando a deterioração da alvenaria consideravelmente mais lenta que uma parede exposta às intempéries; há um discursão sobre esse item, mas também dependerá do tipo de trepadeira utilizada;
- Controle da poluição – Retêm
partículas de poeiras do ar, essas partículas de poeiras são acumuladas na
superfície das folhas (mas podem ser rebatidas ou retiradas com o movimento do
vento ou das chuvas), oxigenam o ambiente, também como fixadores de gás
carbônico, além de absorverem metais pesados das águas das chuvas.
- Retenção de água da chuva – O jardim vertical auxilia na drenagem das águas das chuvas além de purificar essa água;
- Redução das ilhas de calor – Os jardins verticais, além de reduzir a amplitude térmica, atuam como minimizador das ilhas de calor, que são muito comuns nas grandes cidades;
- Redução de ruídos externos – a flora serve como isolante sonoro do meio externo para o meio interno;
- Baixa Manutenção – o fato de ter uma estrutura adaptada, as raízes ficam protegidas do aquecimento no solo, a rega pode ser automatizada;
- Valoração da paisagem e estética urbana - uma ótima opção para modelar os espaços urbanos com jardins verticais, principalmente onde está impossibilitada o plantio de árvores por falta de espaço horizontal. As mudanças sazonais ficam mais interessantes de acordo com a vegetação inserida e com o desabroche das flores de cores. Destaca o espaço urbano dos demais, melhorando o visual e maior valor estético da área;
- Benéfico à biodiversidade – Os Jardins verticais também servem de abrigo para vários insetos, como borboletas, mariposas e aves, e, usufruir a proteção para construir seus ninhos e casulos (necessário um estudo específico e pode exigir uma estrutura (bebedouros, casinhas para abrigar ninhos) especial para o tipo das espécies desejada).
As desvantagens
O empreendimento é de encher os olhos de qualquer pessoa, mas, ao
mesmo tempo é de desanimar a qualquer interessado em elaborar um projeto de
jardim vertical.
- Design e a metodologia incorreta do suporte da vegetação escolhida, tanto em relação ao porte do vegetal quanto ao peso na estrutura;
· Pouco espaço para o
desenvolvimento do vegetal, principalmente a espessura dos galhos;
· Falhas e baixa qualidade dos
materiais, dos revestimentos que podem resultar em danos à edificação;
· Manutenção insuficiente para
o porte da vegetação, desenvolvimento deficiente ou desordenado, e/ou gavinhas
fixando em áreas não planejadas;
A manutenção
·
Poda dos galhos que crescem
a áreas indesejáveis;
·
Limpeza diária da área para
evitar acúmulo de folhas;
· Irrigação - custo com águas
em período de estiagem (de acordo com as espécies escolhidas);
· A altura de algumas não ultrapassa
30m (inserir em floreiras de sacadas e supridas por nutrientes adicionais).
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