30/01/2018

Zonas mortas nos oceanos. O que é isso?


Você já ouviu falar em zonas mortas nos oceanos?  Sabe onde elas estão? E o que causa?

É um dos sérios problemas que os oceanos enfrentam. Essas zonas nada mais são que áreas dos oceanos que não têm oxigênio suficiente para sustentar a vida. E elas estão aumentando de tamanho a cada dia.
Mas o que causa a zona morta?

As causas são muitas, mas a mais comum é o despejo não tratado de esgotos, despejo de fertilizantes e agrotóxicos usados na agricultura, que, ao serem despejados no mar servem de nutrientes para certos tipos de algas que proliferam de maneira descontrolada. Quando elas morrem, e chegam ao leito marinho, elas são decompostas pelas bactérias que consomem todo o oxigênio existente, deixando valores bem abaixo para que outros tipos de vidas sobrevivam no mesmo ambiente, sendo obrigadas a migrar para outro local mais oxigenado.


Estudos realizados e publicados agora em janeiro de 2018 trouxeram preocupações. As zonas mortas do oceano se quadruplicaram em tamanho, tendo como base do ano de 1950, e o número de locais de oxigênio muito baixo perto dos litorais se multiplicou dez vezes mais. Só lembrando que a maioria das criaturas marinhas não sobrevivem nessas zonas.

Em números, os oceanos alimentam cerca de 500 milhões de pessoas, principalmente nas áreas mais pobres do planeta, e geram cerca de 350 milhões de pessoas.
A maior zona morta nos oceanos fica no Mar Báltico, que é caracterizado pela pouca movimentação e circulação da água, pois o mar é quase fechado. O Rio Yang Tsé, na China é uma das três maiores zonas mortas no mar. O Oceano Pacífico e Índico também possuem zonas mortas, mas nesse caso, são produzidas por processos naturais, mas as mudanças climáticas e consequentemente o aquecimento global, contribuem para que elas se expandam drasticamente, já tendo atualmente o tamanho aproximadamente da União Europeia.

As áreas anóxicas sempre ocorreram nos oceanos por processos naturais, mas as enormes camadas foram feitas e ampliadas pelo homem e essa parcela é responsabilidade dos nossos políticos que fazem vista grossa ao problema. Precisamos nos conscientizar e pressionar nossos governantes a criarem políticas voltadas aos oceanos, bem como investir em energias limpas, transporte público dequalidade e diminuir as emissões de gases tóxicos. 

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