11/04/2013

FINNING E OS PEPINOS-DO-MAR, A GRADE POLÊMICA

O Finning é um dos principais responsáveis pela diminuição das espécies de populações de tubarões e arraias em todo o mundo. Essa ação vem se popularizando nos últimos 20 anos; O Finning  consiste em extrair as barbatanas dos tubarões e arraias ainda vivos e descartar as carcaças no mar. Essa pratica é mais predatória que a caça convencional porque são capturados organismos muito jovens ou fêmeas grávidas. Como as barbatanas ocupam pouco espaço nas embarcações, a técnica também permite recolher um número maior de presas. 
Os pepinos-do-mar são organismos espinhudos e semelhantes às Lesmas e alimentam-se no fundo do mar. A extração dos Pepinos-do-mar também está causando preocupação ao longo da Costa Mexicana, onde aldeias de pescadores estão entrando em confronto por causa da pesca desse produto, tornando- se um problema regional como se fosse “a corrida do ouro”.

A grande causa dessa polêmica está relacionada ao Mercado Asiático, principalmente na China, onde se encontra a maior demanda. Nas reuniões de negócios ou em grandes banquetes, servir “iguarias” é considerado sinal de prestígio.

Segundo a história: Durante a dinastia Sung entre 960e 1279, uma pequena elite chinesa começou a consumir uma espécie de macarrão gelatinoso feito de cartilagem das nadadeiras de tubarão. O prato ficou conhecido como sopa de tubarão. O consumo do prato era restrito, mas o prato se popularizou durante a dinastia Ming e decaiu no governo comunista de Mao Tsé-Tung, mas com a reabertura da economia, voltou com toda a força impulsionada com a economia emergente onde almejam mostrar seus novos status econômicos, consumindo em suas refeições, reuniões e banquetes sopa de barbatana de tubarão.
 Os motivos que levam alguns pescadores ao Finning são: ocupa pouco espaço nas embarcações; praticidade (pequeno e leve); não e necessário um sistema de refrigeração, sendo que seco ao sol desidrata fica mais leve, além de menor custo e maior lucratividade.


O Finning  é proibido no Brasil pelo IBAMA, que determina que o peso das barbatanas na carga de um navio seja equivalente a 5% do peso da carne, mesma proporção que tem o corpo do animal. Contudo, os tubarões já chegam cortados. Muitos afirmam que essa regulamentação é fácil de ser burlada, pois a barbatana seca perde o peso da água, enquanto o contrário acontece com a carne congelada. 

Também se critica a fiscalização, tanto dos barcos que pescam de forma regularizada, como dos que entram em nossas águas sem autorização. 
Segundo Paulo “Pinguim”, da Divers for Sharks, a fiscalização é ineficiente porque “grande parte da medição é apenas por amostragem; a fiscalização aparece apenas em determinados barcos e em determinados dias. Não temos dados efetivos do volume de pesca legalizada no Brasil e temos um grande volume de pesca ilegal”. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, Paulo exemplifica: “já houve apreensão de carga com três toneladas de barbatana, o que equivale a cerca de 280 mil tubarões”.




“O grande predador dos mares” sempre esteve no topo da cadeia alimentar e é o regulador de populações de outras espécies, onde o medo sempre foi cultivado nos cinemas e histórias, eles também estão entre os favoritos dos mergulhadores para observação, mas é cada vez mais difícil encontrar no seu habit natural. 

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