O
Finning é um dos principais
responsáveis pela diminuição das espécies de populações de tubarões e arraias
em todo o mundo. Essa ação vem se popularizando nos últimos 20 anos; O Finning consiste em extrair as barbatanas dos tubarões
e arraias ainda vivos e descartar as carcaças no mar. Essa pratica é mais
predatória que a caça convencional porque são capturados organismos muito
jovens ou fêmeas grávidas. Como as barbatanas ocupam pouco espaço nas
embarcações, a técnica também permite recolher um número maior de presas.
Os
pepinos-do-mar são organismos espinhudos e semelhantes às Lesmas e alimentam-se
no fundo do mar. A extração dos Pepinos-do-mar também está causando preocupação
ao longo da Costa Mexicana, onde aldeias de pescadores estão entrando em
confronto por causa da pesca desse produto, tornando- se um problema regional
como se fosse “a corrida do ouro”.
A
grande causa dessa polêmica está relacionada ao Mercado Asiático, principalmente
na China, onde se encontra a maior demanda. Nas reuniões de negócios ou em
grandes banquetes, servir “iguarias” é considerado sinal de prestígio.
Segundo a história: Durante a dinastia Sung
entre 960e 1279, uma pequena elite chinesa começou a consumir uma espécie de
macarrão gelatinoso feito de cartilagem das nadadeiras de tubarão. O prato
ficou conhecido como sopa de tubarão. O consumo do prato era restrito, mas o
prato se popularizou durante a dinastia Ming e decaiu no governo comunista de
Mao Tsé-Tung, mas com a reabertura da economia, voltou com toda a força
impulsionada com a economia emergente onde almejam mostrar seus novos status
econômicos, consumindo em suas refeições, reuniões e banquetes sopa de
barbatana de tubarão.
Os
motivos que levam alguns pescadores ao Finning
são: ocupa pouco espaço nas embarcações; praticidade (pequeno e leve); não
e necessário um sistema de refrigeração, sendo que seco ao sol desidrata fica
mais leve, além de menor custo e maior lucratividade.
O
Finning é proibido no Brasil pelo IBAMA, que determina
que o peso das barbatanas na carga de um navio seja equivalente a 5% do peso da
carne, mesma proporção que tem o corpo do animal. Contudo, os tubarões já
chegam cortados. Muitos afirmam que essa regulamentação é fácil de ser burlada,
pois a barbatana seca perde o peso da água, enquanto o contrário acontece com a
carne congelada.
Também se critica a fiscalização, tanto dos
barcos que pescam de forma regularizada, como dos que entram em nossas águas
sem autorização.
Segundo Paulo “Pinguim”, da Divers for Sharks, a fiscalização é ineficiente porque “grande parte da medição é apenas por amostragem; a fiscalização aparece apenas em determinados barcos e em determinados dias. Não temos dados efetivos do volume de pesca legalizada no Brasil e temos um grande volume de pesca ilegal”. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, Paulo exemplifica: “já houve apreensão de carga com três toneladas de barbatana, o que equivale a cerca de 280 mil tubarões”.
Segundo Paulo “Pinguim”, da Divers for Sharks, a fiscalização é ineficiente porque “grande parte da medição é apenas por amostragem; a fiscalização aparece apenas em determinados barcos e em determinados dias. Não temos dados efetivos do volume de pesca legalizada no Brasil e temos um grande volume de pesca ilegal”. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, Paulo exemplifica: “já houve apreensão de carga com três toneladas de barbatana, o que equivale a cerca de 280 mil tubarões”.
“O grande predador dos mares” sempre esteve
no topo da cadeia alimentar e é o regulador de populações de outras espécies, onde
o medo sempre foi cultivado nos cinemas e histórias, eles também estão entre os
favoritos dos mergulhadores para observação, mas é cada vez mais difícil
encontrar no seu habit natural.
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